O avaliar na perspectiva de estabelecer relação com o cotidiano humano, reproduzindo ritos, mitos e costumes como qualquer pratica social perpassando por gerações as influências culturais.
Já que os termos avaliar, educar ensinar e valor tem estreitas relações, Michel Barlowaproxima-o do conceito da avaliação, assumido no contexto escolar, sendo que o conhecimento adquirido pelo aluno atende-se na educação por esses termos. Essa observação ajuda-nos a entender a autoridade da ação docente no ensino e avaliação, imprimindo nos alunos o conhecimento que possuem.
Quanto a avaliação como um ato de comunicação e espelho da ação, o autor compara a avaliação como uma espécie de feedback, o qual o aluno dá ao professor a resposta condizente com o seu aprendizado, podendo ocorrer o aprendizado na visão liberal que torna-se competitiva, classificatória, reprodutiva, burocrática, dando privilégio a memorização.
Já na visão libertadora a ação será galgada de forma coletiva, investigativa, cooperativa, compreensiva, dando privilégio à ação crítica e reflexiva. Depende só do medidor e sua postura diante do ensino- aprendizagem e do seu enfoque crítico da educação que garanta o seu papel social de transformador.
Mesmo o avaliar tendo o foco fortemente sustentado no sentido de julgamento, as críticas feitas pelos professores diante da avaliação classificadora, rotulada, no qual a quantidade sempre prevalece, possuindo um desejo de mudança, prioriza um pouco de qualidade no avaliar e com isso é notório as melhorias no ensino e aprendizagem significativa.
Percebe-se através desse ponto de vista que o avaliar não se resume só em quantidade, mas também na qualidade. Sabe-se que a avaliação não se da de forma isolada dentro da prática educativa e sim de toda atividade comunicativa, e investigativa para que o produto final, seja positivo, pois sabemos que a aprendizagem significativa só acontece com a interação entre professor, aluno e a construção do conhecimento.
Hoje, com a nova postura do professor, a avaliação escolar tem por função a autoestima, gerando autoconfiança e autonomia intelectual, instigando o desejo de aprender cada vez mais. O autor confirma e concordo quando enfatiza que a avaliação qualitativa tem que superar a quantitativa, porque o conhecimento construído no dia-a-dia não se resume só em uma lógica matemática e sim pertence a toda prática educativa e ao cotidiano da humanidade nas mais diversas atividades, ou seja, avaliar é uma prática social presente nas relações humanas e muito importante para ação da humanidade.
Os mitos e ritos também têm seu lugar, os quais permeiam na vida humana e geram verdades que pertence ao senso comum, explicando aquilo que não foi explorado, a ponto de não mais dar margem a explicação superficiais. No âmbito escolar os mitos e ritos também são expostos e acabam por até limitar a prática educativa perpassando por gerações e às vezes distorcem a realidade com ideias divergentes, desnivelando os fenômenos, alunos preferidos ou mais e menos inteligentes, professores difíceis de lidar são ritos celebrados no espaço escolar.
A ação do avaliar tem que ser entendida como uma prática que tem o objetivo de melhorar a prática educativa e o ensino aprendizagem, com a função de ajudar e reformar o mesmo para que ele ocorra de modo significativo. De acordo HOFFAMANN (2006, p. 30) avaliar é essencialmente questionar, observar e promover experiências educativas que signifiquem provocações intelectuais significativas no sentido do desenvolvimento do aluno.
No decorrer do texto, Barlow abre a discussão de forma clara que a prática avaliativa acontece além do espaço escolar, abordando à temática que a avaliação é uma prática social no universo humano e que no espaço escolar a mesma tem o objetivo distinto, que é o de revelar as dificuldades dos alunos e promover situações de aprendizagem que favoreça a construção do conhecimento do individuo. Sabendo que avaliar é uma tarefa muito difícil por pertencer ao um julgamento.
O texto de Barlow é muito rico e interessante teoricamente falando, pois oferece uma grande compreensão para profissionais ou pessoas em formação na educação, o qual te dá base, um norte na ação do avaliar com intuito de melhorar o desempenho de sua prática e o processo de aprendizagem dos alunos. A partir da leitura e entendimento do texto tem-se a oportunidade de entender e facetar essa ação que se faz tão importante e necessária para a melhoria da qualidade do ensino aprendizagem e tomar novas posturas críticas diante do avaliar na sua trajetória profissional da Educação.
Colunista Lene Muniz
(Da redação do PtnNews.com.br)