Colunista: AÇÃO DE AVALIAR

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Foto: Lane Muniz, arquivo pessoal

Por Lane Muniz 

A ação do avaliar tem que ser entendida como uma prática com  objetivo de melhorar a prática educativa e o ensino aprendizagem, com a função de ajudar e reformar o mesmo para que ele ocorra de modo significativo.

Avaliar é determinar o valor de algo. O ato de avaliar, sobretudo na educação, sempre apresentou barreiras, afinal os estudantes não podem ser vistos como iguais em seus processos de ensino-aprendizagem, já que cada um tem o seu tempo, o seu momento de aprender. Tratando-se, portanto, de um processo, que deve ser visto pelo avaliador (educador) com olhar de subjetividade, já que o aprendizado pode variar de estudante para estudante. No entanto, os instrumentos de avaliação usados pelas escolas e faculdades, normalmente as provas e trabalhos  têm dia e hora marcada  para todos os estudantes.

O princípio que a fundamenta o aluno não era mais avaliado em função do desempenho da classe, mas a partir dos progressos que iria apresentando gradativamente e às aquisições cada vez mais complexas que seria capaz de fazer nos diversos domínios da aprendizagem, com referência aos critérios preestabelecidos.

Com as avaliações, todavia, deve-se pretender verificar o conhecimento que foi construído pelo discente e  não de forma comparativa, mas,  de forma qualitativa, conforme aponta Morin (2000)  proporcionar a formação do educador em avaliador educacional, para que ele desenvolva a competência do avaliador-pesquisador é o único caminho viável para a mudança de paradigmas e para que ele possa construir junto com seus alunos conhecimento com qualidade formal e política.

Hoje existem muitas teorias sobre a aprendizagem. Elas são estudadas em Psicologia Educacional. Inicialmente convém salientar que a aprendizagem não é apenas um processo de aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações. As informações são importantes, mas precisam passar por um processamento muito complexo, a fim de tornarem significativas para a vida das pessoas. Todas as informações, todos os dados da experiência devem ser trabalhados, de maneira consciente e crítica, por quem os recebe.

A perspectiva de se ter uma avaliação escolar processual e gradativa é bastante positiva, porém tal forma encontra inúmeros empecilhos na prática, o que não se relaciona apenas aos instrumentos de avaliação (que deveriam ser revistos), mas também a toda estrutura curricular das escolas e academias, as quais devem ser repensadas.

Aproveitamento escolar, de um lado, refere-se a construções de conhecimentos, ou seja, à elaboração de formas de pensar e relacionar determinados conteúdos que foram objeto de ensino. Além disso, aproveitamento escolar implica, também, na presença de um certo progresso entre as construções já elaboradas pelos alunos e aquelas que foram alcançadas na e através da ação da escola.

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