O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, será novamente ouvido pela Polícia Federal (PF) em Brasília, na próxima terça-feira (19). O depoimento integra o acordo de colaboração premiada firmado por Cid e aborda investigações sobre fraudes em certificados de vacinação, tentativa de golpe de Estado e a venda de joias recebidas por Bolsonaro de autoridades estrangeiras.
De acordo com o advogado Cezar Bittencourt, que representa Mauro Cid, não há receio de que o acordo de delação seja reavaliado. De acordo com o Agência Brasil, caso a PF entenda que Cid descumpriu suas obrigações, os benefícios do acordo podem ser suspensos, mas a delação permaneceria válida como prova judicial.
Cid foi preso em maio de 2023, durante a Operação Venire, e permaneceu detido até setembro, quando foi liberado após firmar o acordo. As investigações apontaram que ele teria participado da criação de uma minuta contendo medidas contra o Judiciário, incluindo a prisão de ministros do STF, elaborada por membros do governo Bolsonaro.
Ainda segundo o site, mensagens extraídas do celular de Cid mostraram que, mesmo após a confirmação da segurança das urnas eletrônicas, o grupo continuou planejando ações contra o sistema eleitoral. Apesar de críticas anteriores ao ministro Alexandre de Moraes e à PF, a validade do acordo de delação foi reforçada após a confirmação das informações em audiência judicial.