Na hora do “rala e rola”, é comum que alguns casais recorram à saliva como lubrificante, a fim de facilitar a penetração ou por falta de opção. O apelo atrativo do fluido nos momentos íntimos pode levar a normalização do uso durante o sexo. Apesar de ser comum, porém, especialistas explicam que não é o recomendado.
O Metrópoles entrevistou profissionais da área para esclarecer se faz mal usar saliva na relação íntima. A ginecologista Bárbara Freyre inicia com um alerta: lubrificar a vagina com esse fluido aumenta o risco de alterar o pH vaginal, o que pode causar bactérias e infecções.
Ela também salienta quanto ao fato de a saliva secar mais rápido que um lubrificante convencional. “A saliva seca muito rápido. Logo, a penetração vaginal ou anal vai ter uma maior fricção”, detalha Freyre.
Segundo a expert, sem a lubrificação natural adequada, a região pode acabar com microfissuras, estando propensa a contração de IST’s e lesões.
O ideal, na visão da ginecologista, seria caprichar nas preliminares e fazer o uso de lubrificantes à base de água. Para aqueles que desejam inovar na cama, o uso de óleos naturais, como o de coco, é outra alternativa.
E no sexo anal?
Durante o sexo anal, esse hábito também é prejudicial. De acordo com o médico urologista Rodrigo Alexandre Trivilato, a região do ânus não tem lubrificação própria, como a vagina. “É necessário fazer uso de um lubrificante. Se você não utilizar um, essa pele seca e, com a fricção, podem haver lesões e fissuras”, adverte Alexandre.
De acordo com o médico urologista Thiago Vilela Castro, assim como ocorre com a vagina, a melhor pedida para um anal “molhadinho” são os lubrificantes à base de água, pois eles diminuem a chance de alguma alergia.
O médico emenda, ainda, que o uso da saliva é prejudicial “tanto para quem está recebendo quanto para quem está fazendo”. O risco é de transmitir doenças como a hepatite B e C, além de herpes, clamídia, HIV e sífilis.
Metrópoles