Fernando Sastre de Andrade Filho, o motorista do Porsche que matou Ornaldo da Silva Viana em um acidente de trânsito no final de março, na Zona Leste de São Paulo, ofereceu um salário mínimo (R$ 1.412) por mês à família da vítima. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (11) pela defesa do acusado, que afirma estar “sensível ao momento” e que ficou sabendo, por meio da mídia, das dificuldades financeiras enfrentadas pela família de Ornaldo.
A defesa também informou que tentou contato com os advogados da família da vítima em outra oportunidade para oferecer “as assistências necessárias”, mas não obteve sucesso.
Nesta sexta-feira (12), Fernando Sastre apresentou à Justiça um comprovante de depósito em conta judicial no valor de R$ 500 mil a título de fiança. O valor foi estabelecido pelo juiz da 1ª Vara do Júri da capital paulista para “garantir uma eventual reparação futura ao amigo ferido e à família de Ornaldo Viana”.
A polícia investiga se Fernando Sastre e seus amigos consumiram bebidas alcoólicas antes do acidente. De acordo com a comanda de consumo de um restaurante frequentado pelo grupo, eles consumiram oito drinques de uísque com licor, além de uma caipirinha. O gasto total foi de mais de R$ 600.
Após o restaurante, o grupo foi para uma casa de pôquer e, na saída, ocorreu a batida. O amigo de Fernando, Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no banco do passageiro e ficou gravemente ferido, prestou depoimento à polícia na quinta-feira (11), horas antes de receber alta.
O acidente que vitimou Ornaldo da Silva Viana ocorreu no dia 29 de março, na Avenida Regente Feijó, na Zona Leste de São Paulo. Fernando Sastre dirigia um Porsche Cayenne em alta velocidade quando perdeu o controle do veículo e bateu em um poste. Ornaldo, que era motorista de aplicativo, estava em um carro que aguardava sinal verde no cruzamento e morreu na hora.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Fernando Sastre responde por homicídio culposo e lesão corporal culposa.