A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (6) a Operação Eco para investigar uma postagem em rede social que sugeria a realização de uma vaquinha online com o objetivo de contratar um mercenário para atirar no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ação apura os crimes de ameaça e incitação ao crime.
As ordens judiciais para a operação foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Linhares, no Espírito Santo. Agentes da Delegacia de Crimes Fazendários (Delefaz) cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do suspeito, na cidade capixaba de Aracruz, onde foram apreendidos o celular e o computador do investigado.
De acordo com a PF, o homem colaborou com a investigação e admitiu ter feito a postagem nas redes sociais. A corporação não informou se outras pessoas também foram alvo da ação.
A publicação que motivou a operação foi feita por um usuário no X, antigo Twitter, em resposta a uma postagem do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre a virada de ano de Lula em uma praia privativa das Forças Armadas no Rio de Janeiro. O autor do comentário escreveu que era preciso “fazer uma vaquinha para pagar um mercenário com um rifle de alta precisão”.
Na época, a postagem gerou repúdio e diversos veículos de imprensa, como a CNN Brasil, noticiaram a possibilidade de investigação de Nikolas Ferreira por causa da resposta ao seu tweet. O deputado, por sua vez, rechaçou qualquer responsabilidade e afirmou que não poderia ser responsabilizado por comentários de terceiros em suas redes.
A investigação da PF segue em curso e busca identificar todos os envolvidos na ameaça contra o presidente Lula.