Morre Alexandre Orreda, locutor da GFM, aos 58 anos

Nascido em Curitiba, no Paraná, Alexandre Orreda, locutor da GFM, morreu nesta sexta-feira (29), aos 58 anos. Ele estava internado após ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A morte do locutor foi confirmada pela família por meio de uma publicação nas redes sociais.

“Informamos com muito pesar o falecimento de nosso amado Alexandre. Sentiremos a sua falta e sabemos que ele está em um lugar melhor. Agradecemos todas as mensagens de conforto e orações recebidas até agora”, inicia a publicação.

“Sabemos que Alexandre era uma pessoa muito querida por todos pelo seu carinho, profissionalismo, amizade e alegria. Para sempre o teremos em nossa memória e em nosso coração com muita gratidão e saudade”, completa.

A família ainda informou que vai divulgar informações sobre o velório de Orreda e que vai doar os órgãos do locutor.

Trajetória de Alexandre Orreda

Orreda se mudou para Salvador em 1988, onde teve passagens pela Rádio Cidade, e em 1991 entrou para a GFM, onde começou com o programa “Happy Hour” e, posteriormente, na apresentação do “Programa das Sete”.

A oportunidade surgiu com uma dispensa de um outro locutor. Inicialmente ele não acreditou que a ligação recebida fosse para convidá-lo para a vaga, mas logo depois da conversa ele aceitou e entrou oficialmente no casting.

Em entrevista ao podcast “Geração GFM”, o locutor exaltou o programa em que esteve à frente nos últimos anos: “É a apresentação da rádio. E a gente mantém a liderança nas classes ABCDE, de segunda a sexta. O segredo é você dar uma informação séria e tocar a música que o ouvinte gosta de escutar”.

Foi em Salvador que Orreda também finalizou a faculdade de direito, chegou a trabalhar na área, mas nunca deixou o amor pelo rádio de lado. Segundo ele, as profissões de complementam.

“Trabalhei no Balcão de Justiça e Cidadania do Bairro da Paz. […] Eu acho interessante, as pessoas me perguntam ‘o que é que tem a ver com o Direito com o rádio?’. São duas formas de ajudar as pessoas. O ser humano às vezes está sozinho, ouve uma música, você bota ele pra cima, dá uma palavra de ânimo, bate um papo no telefone… o Direito às vezes é o último recurso que a pessoa tem”.

Alexandre Orreda também acreditava no poder de penetração do rádio no dia a dia do ouvinte, o que seria essencial para que o meio não acabe com a expansão da internet: “Acho que o rádio nunca vai morrer […] Eu acho que o rádio tem uma penetração muito grande, é o meio de comunicação mais acessível a qualquer ser humano.”