Acarajé cor de rosa cria polêmica e divide opiniões na Bahia

Uma inovação culinária criada por uma vendedora de acarajé em Salvador, Bahia, desencadeou uma polêmica nas redes sociais e gerou discussões acaloradas entre baianos. O tradicional acarajé, símbolo da culinária local, ganhou uma versão cor de rosa em alusão ao filme da Barbie, que estreia nos cinemas nesta semana.

A comerciante Adriana Ferreira dos Santos, conhecida como “Acarajé da Drica”, foi a responsável por criar e divulgar o “primeiro acarajé rosa do mundo”. A iniciativa foi um desafio que viralizou nas redes sociais, tornando-se um dos assuntos mais comentados no cenário virtual.

Apesar da repercussão inicialmente positiva, a novidade não agradou a todos, e algumas vozes críticas se levantaram contra a descaracterização do acarajé, que é considerado um patrimônio da Bahia. Internautas manifestaram preocupação com a preservação das tradições gastronômicas e lamentaram a mudança no visual do icônico bolinho.

“Falta de respeito com um patrimônio tombado”, “ O acarajé não pode ser descaracterizado”, escreveram alguns dos internautas.

No entanto, a vendedora Adriana Ferreira dos Santos não se deixou abalar pelas críticas e afirmou que o acarajé rosa não interfere no sabor. Ela utiliza corante sem sabor para dar a coloração diferenciada ao bolinho. Segundo a comerciante, a iniciativa foi um “trabalho de marketing” que trouxe visibilidade ao seu negócio.

“Jamais vou fazer algo prejudicial à característica do meu produto. É apenas uma homenagem que todo mundo está fazendo ao filme da Barbie. A única diferença é que contém três gotas de corante sem sabor somente na massa, como tem no bolo, coxinha. É um trabalho de marketing que modifica a característica do sabor”, afirmou a vendedora em publicação nas redes sociais.