As práticas sexuais entre machos foram mais comuns, representando 72% dos casos –
As práticas sexuais de machos de um grupo de 236 animais da espécie macaco-rhesus, na ilha de Cayo Santiago, em Porto Rico, foram estudadas por pesquisadores do Imperial College London. Os resultados do estudo mostraram que o comportamento homossexual pode ser comum nos primatas.
A pesquisa, publicada na revista Nature Ecology & Evolution, analisou pela primeira vez o comportamento de um grupo a longo prazo. Durante a pesquisa, as práticas sexuais entre machos foram mais comuns, representando 72% dos casos, em comparação aos casos entre indivíduos de sexos diferentes, que se resumiram a 46%.
A equipe descobriu que esse comportamento, entre os animais, está relacionado ao que eles chamam de “laços de coalizão”. De acordo com os pesquisadores, indivíduos que estabelecem relações sexuais estão mais propensos a formar uma aliança diante de um conflito, proporcionando uma vantagem.
“Acreditamos que o sexo que eles fazem os ajuda a se relacionarem, diz Vincent Savaloinen, um dos autores do estudo. “Aparentemente, é justamente essa parceria que favorece o acesso às fêmeas e seu sucesso reprodutivo”.
O estudo afirmou que as relações homossexuais e heterossexuais entre esses animais são independentes. Segundo os pesquisadores, essas práticas não substituem umas às outras, o que permite a possibilidade de reprodução com a fêmea após um macho ter uma relação com outro.
“O fato de terem relacionamentos homossexuais não significa que eles tenham menos relacionamentos heterossexuais”, diz Savaloinen. “Não vimos correlação entre o papel dos machos em suas relações sexuais e sua posição social dentro do grupo. Pelo que observamos, não é importante para os rhesus afirmar sua posição hierárquica por meio dessas práticas”.
Portal A Tarde