O homem preso na noite dessa quarta-feira (28) após sequestrar, abusar sexualmente e manter refém uma menina de 12 anos, em um apartamento da Asa Norte, chegou a fazer postagem nas redes sociais contra pedofilia e cultura do estupro. No tempo em que passou com a vítima, Daniel Moraes Bittar, 42 anos, teria chegado a chamar a garota de “escrava sexual” e filmá-la acariciando os órgãos genitais dele.
A criança estava a caminho da escola, por volta das 12h30 dessa quarta, na cidade de Luziânia, em Goiás, quando foi abordada por Daniel em um Ford EcoSport de cor preta. Ela foi rendida e obrigada a entrar no carro. Segundo a vítima, dentro do veículo havia também uma mulher.
Os sequestradores pararam o automóvel na altura da Cidade Ocidental, também no Entorno de Brasília, e doparam a garota para colocá-la dentro de uma mala, onde foi mantida até chegarem ao apartamento dos criminosos, em Brasília.
Daniel trabalha como analista de TI em um banco da capital federal e é autor de livros de romance e suspense. Por meio das redes sociais, o homem divulgou algumas das obras já publicadas, sendo uma delas intitulada como “Segredo de Verão”.
Para além de publicações sobre literatura e de teor político, o suspeito postou uma imagem de uma campanha contra a pedofilia. “Pintou um clima? Não. Pedofilia é crime”, diz o post. Já é em outra, Daniel fala sobre “homens contra a cultura do estupro”.
A menina tem 12 anos e foi encontrada algemada, ao pé de uma cama, dentro do apartamento. Segundo a Polícia Militar do estado goiano (PMGO), a garota estava bastante machucada, com sinais de violência sexual, e precisou ser levada a um hospital para receber atendimento.
A vítima foi encontrada consciente e bastante abalada emocionalmente. Segundo a menina, o criminoso a molestou, tocando-lhe as partes íntimas, e a obrigou a acariciar os órgãos genitais dele, enquanto era filmada. A gravação teria sido enviada para a mulher que participou do crime.
No apartamento foram apreendidos DVDs e revistas com conteúdos pornográficos. A ocorrência foi registrada na 5ª Delegacia de Polícia Civil do DF (Área Central), que investiga o caso. A menina foi levada ao Instituto Médico Legal, onde, até a última atualização deste texto, passava por exames de corpo de delito.