Mais de 60 países criminalizam relações entre pessoas do mesmo sexo, alerta ONU

No Dia Internacional contra Homofobia, Transfobia e Bifobia, que acontece nesta quarta-feira (17), a Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que 67 países criminalizam relações entre pessoas do mesmo sexo.

Os dados são do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), que revelam que ao menos 10 países impõem a pena de morte nesses casos. Atualmente, 20 nações tipificam diversidade de gênero como delito, de acordo com o Unaids.

De acordo com o programa, as leis “ferem a saúde pública” e custam vidas, uma vez que a criminalização, somada à discriminação e à violência, impedem que pessoas LGBTQIA+ acessem serviços essenciais.

O Programa das Nações Unidas para a População (Unfpa) defende que um mundo igualitário “depende do respeito às diversas identidades”. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lembrou que a população LGBTQIA+ enfrentan “violência, perseguição, discurso de ódio, injustiça e até mesmo assassinato.”

Ele ressaltou que leis retrógradas seguem criminalizando essas pessoas ao redor do mundo “punindo-as simplesmente por serem quem são”. Segundo Guterres, cada ataque a indivíduos LGBTQIA+ “é um ataque aos direitos humanos e aos valores que prezamos.”