Uma pesquisa reveou que 86% dos advogados brasileiros concordam com a obrigatoriedade do Exame de Ordem que habilita bacharéis em Direito a exercer a advocacia. A pesquisa “Percepção de Advogados do Brasil sobre o Exame da Ordem” foi divulgada na última terça-feira (7) pela Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), criada por docentes da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP). Ela mostra também que 66% dos entrevistados consideram que a prova avalia bem a capacidade do futuro advogado.
A Fundace consultou 1.119 advogados de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. Separando os advogados por grupos, segundo sua área de trabalho, os docentes são os que mais consideram o Exame apto ou muito apto (76%) para avaliar a formação dos bacharéis. Eles são seguidos por sócios de escritórios de advocacia (72,1%). Já os empregados dos escritórios formam o grupo que pior avalia a prova: 32,7%.
Os advogados também foram questionados, em pergunta fechada, sobre quais as prováveis causas dos baixos índices de aprovação no Exame, já que o índice da última prova foi de 24%. E as principais causas apontadas foram: a massificação do ensino do Direito, lembrada por 71% dos entrevistados, a má qualidade do ensino em função de professores despreparados (37,3%) e a má qualidade do ensino em função da falta de estrutura (36,1%). (BH)
