Pesquisadores do Centro Médico New York-Presbyterian Weill Cornell divulgaram, nesta terça-feira (15/2), a “cura” do HIV em uma mulher. Ela é considerada a primeira do mundo a se livrar do vírus via tratamento médico.
Segundo os cientistas, a paciente também tinha câncer, e passou por um procedimento polêmico com células-tronco para lutar contra as duas doenças – a terapia é considerada antiética em pessoas que não estão em estado terminal de câncer.
Foi necessário encontrar um doador de medula que tivesse uma mutação rara que o fazia ser resistente ao HIV – a maioria das pessoas que se encaixa na condição é do norte europeu mas, ainda assim, menos de 1% da população é compatível.
Esse tipo de tratamento pode causar a morte do paciente e, por isso, não é usado em pessoas que têm condições de enfrentar o vírus por métodos mais tradicionais.
A mulher tinha HIV desde 2013 e foi diagnosticada com leucemia em 2017. Ela estava sendo tratada há quatro anos e, nesse período, o câncer entrou em remissão. Ela manteve o tratamento para HIV até 2021 e, desde que parou de tomar os remédios, o vírus não ressurgiu.
Os cientistas também tentaram infectar as células dela com o vírus em laboratório, e não conseguiram. A ideia agora é continuar acompanhando a paciente para descobrir se o vírus realmente não retornará e se ela poderá ser declarada curada.