Em Valença, maior cidade do Baixo Sul, são frequentes as reclamações referentes ao sistema de saúde em alguns postos e no Hospital do município. Filas de espera, falta de atendimento ou até a falta de humanização dentro destes locais são os questionamentos mais comuns que, mesmo com denúncias, os casos são esquecidos.
Cheila Pereira, ex-enfermeira da Santa Casa de Misericórdia de Valença, manifestou sua indignação nas redes sociais após sua demissão sem justa causa.
“Aqui quem fala é Cheila, sou enfermeira, trabalhava na Santa Casa até o último dia 6 de janeiro de 2022, onde fui chamada pelo RH e demitida sem informar qual o motivo.”
Segundo Cheila, há cerca de 15 dias havia denunciado um caso de maus tratos que aconteceu na Unidade de Terapia Intensiva – UTI, com uma senhora que estava na luta pela sobrevivência.
“Pouco tempo atrás, mais ou menos 15 dias, fiz uma denúncia onde presenciei uma cena de maus tratos a uma paciente na UTI da Santa Casa de misericórdia de Valença. Fiz essa denúncia via ouvidoria (…) e por incrível que pareça, foi colocada embaixo do tapete e nem se quer investigado, já que no momento não foi só eu que presenciei a cena.”
Além de relatar um fato desumano, ela questiona:
“se fosse com algum dos nossos familiares e amigos como nos comportaríamos?” e ainda expressa a sua indignação pela falta de apuração dos fatos:
“Ao denunciar, acharia que no mínimo seria feita uma investigação (…) se existe coisas erradas, as mesmas devem ser investigadas.”
Até o momento, mesmo com a repercussão do caso, a Santa Casa de Misericórdia de Valença não se manifestou sobre a situação denunciada.