Equipes da Polícia Civil cumpriram, nesta quinta-feira, 30, dois mandados de prisão temporária contra um homem e uma mulher, suspeitos de agirem como ‘olheiros’ para os executores do médico pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, morto no município de Barra, oeste baiano, na semana passada.
De acordo com as investigações da Coorpin e da Delegacia Territorial de Barra, a função da dupla era a de informar o momento da chegada do médico na clínica e a sua entrada no consultório.
Conforme a polícia, durante interrogatório, eles admitiram que estavam na clínica para informar os passos de Júlio César. Um deles, segundo a Coorpin/Irecê, confessou que enviou uma mensagem pelo celular para o mandante do crime, avisando que o médico já estava no consultório.
O mandante do crime está foragido e continua sendo procurado pela Polícia Civil da Bahia. Equipes da 14ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Irecê) e da Coordenação de Apoio Técnico à Investigação do Departamento de Polícia do Interior (Cati/Depin) da Sede e da Chapada participaram das prisões.
Júlio César de Queiroz Teixeira foi assassinado a tiros na última quinta-feira, 23. Um homem invadiu a clínica utilizando um capacete, seguiu sem ser incomodado até o consultório do pediatra e o baleou com quatro tiros, acertando cabeça, tórax, pescoço e braço. Uma criança, que estava acompanhada da sua mãe em uma consulta, presenciou todo o crime.
A polícia apura se o crime foi motivado por uma denúncia do pediatra, que alertou a uma família sobre um possível caso de abuso sexual em uma criança atendida por ele. No entanto, Jefferson Ferreira, o autor dos disparos, Jefferson Ferreira, disse à polícia que o homicídio teria sido encomendado por R$ 4 mil, por um homem que vingaria um suposto assédio sofrido por sua mulher. A versão é contestada pela família do médico.
*Reportagem A Tarde