A nossa região é uma grande produtora de Banana da terra, principalmente a cultivar “Maranhão”, responsável por grande parte do giro de capital na nossa economia. Os municípios de Wenceslau Guimarães, Presidente Tancredo Neves e Teolândia é onde se concentra a maior produção dessa cultivar, que tem mercado certo nos Centros de Abastecimento (CEASA) aqui na Bahia e também em São Paulo.
Porém, a cultura também tem enfrentado alguns percalços, doenças severas como a Sigatoka Negra e Amarela tem aumentado bastante o custo de produção por área, devido ao aumento de pulverizações com fungicidas durante o cultivo, bem como frutos de baixa qualidade. Além disso, os produtores enfrentam oscilações de preço decorrentes das oscilações de oferta e demanda da fruta. Pensando em todo o cenário, uma boa opção para proteger o bolso dos agricultores é apostar na diversificação da produção. Existem outras variedades de banana que também possuem boa aceitação no mercado e podem oferecer ao produtor mais opções de renda.
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) divide as bananas em quatro grupos padrões, são eles: A prata, Maçã, Cavendish e Terra. Hoje vamos tratar dos três grupos pouco cultivados na região.
GRUPO PRATA
Prata Anã: Essa variedade possui porte médio, bom perfilhamento e recomenda-se que se faça um plantio de 1.666 plantas por hectare. Possui resistência ao Moko e é considerada medianamente resistente a broca do rizoma. Possui cachos mais leves, portanto mais difícil de ser derrubada pelo vento.
FHIA -18: È um hibrido da “Prata Anã” de porte médio com frutos semelhantes, porem com sabor mais doce. Característica mais importante a resistência a sigatoka negra. Possui bom perfilhamento e pode ser plantada na mesma densidade que a prata anã, 1.666 plantas por hectare.
Pacovan Ken: É um hibrido de porte alto, resistente a sigatoka negra e amarela e também mal-do-panamá. Recomenda-se a densidade de 1.111 plantas por hectare, possui bom perfilhamento, media de 105 frutos/cacho.
GRUPO MAÇÃ
Maçã Tropical: É um hibrido criado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, os frutos são maiores que a maçã verdadeira, essa variedade tropical é resistente a sigatoka amarela, porem é suscetível a sigatoka negra. Porte médio-alto, recomenda-se que seja plantada na densidade 1.333 plantas por hectare.
GRUPO CAVENDISH
Neste grupo temos a Nanica e Nanicão, sendo a nanica de porte baixo e a nanicão de porte médio-baixo, são resistentes ao moko e recomenda-se a densidade de 2.500 e 1.600 plantas por hectare respectivamente, e ciclo de 250 dias.
Obs.: Existem outras variedades produtivas e resistentes a doenças, para mais informações busque as instituições de Assistência Técnica e Extensão Rural do seu município, e profissionais da área um agrônomo e/ou técnico agrícola.
Engenheira Agrônoma: Islândia Santos
