Sintomas como perda de peso, sentimento de culpa, ideação suicida, hipocondria, queixa de dores e, eventualmente, psicose são mais acentuados em deprimidos idosos do que em deprimidos jovens e contribuem para declínio cognitivo e do condicionamento cardiorrespiratório nessa faixa etária.
Em revisão sistemática de Moraes et al., (2007) apresentaram duas vertentes diferenciadas na tentativa de elucidar a relação entre atividade física e depressão. – A primeira vertente indica a prática da atividade física como um fator influenciador na diminuição da intensidade dos sintomas depressivos. – A segunda vertente aponta para a influência da depressão na atividade física. Ao analisar 1.920 idosos ao longo de 6 anos, van Gool et al., (2003) verificaram que idosos que se tornaram depressivos tendem mais ao sedentarismo do que aqueles sem depressão.
Portanto, a depressão seria a causa da diminuição do estado geral de aptidão física.
Para testar os fatores fisiológicos, dois estudos, compararam as alterações nos níveis de depressão de idosos randomizados em três grupos: exercício, medicamento e combinados (medicamento e exercício). O grupo exercício foi monitorado quanto à intensidade e frequência do treinamento. A redução da depressão ocorreu nos três grupos, sem diferença significativa entre eles.
Após 6 meses, foi realizada uma nova análise da mesma amostra, sem randomização, concluindo que, quanto maior for o tempo gasto com exercícios, menores serão os níveis de depressão.
Além disso, o grupo exercício apresentou maior recuperação e menor recaída do que os outros observados.
Este apontamento reforça o estudo de Lampinem et al., (2000) verificaram que idosos que reduziram as atividades praticadas após 8 anos apresentaram aumento nos sintomas de depressão, enquanto que os indivíduos que aumentaram ou mantiveram a intensidade das atividades não apresentaram esse efeito.
Aplicação prática: Manter-se ativo em todo tratamento é fundamental.
Texto: professor Leonardo de Lima