A seca na Bahia ainda não chegou ao seu período mais crítico – normalmente nos meses de setembro a outubro – mas já levou 251 municípios a decretarem situação de emergência, com uma população de 2,9 milhões de habitantes enfrentando dificuldades para se abastecer de água, garantir o consumo dos animais e irrigar a plantação.
Estimativa da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), órgão da Secretaria do Planejamento da Bahia, revela que os prejuízos na agricultura, pecuária e comércio, por causa da seca, podem gerar uma redução de R$ 7,7 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado este ano, se não chover até agosto.
A situação é mais grave na região do Semiárido baiano, que compreende 265 municípios, dos quais 239 já decretaram situação de emergência. Mas a seca já afeta gravemente 12 municípios fora do Semiárido, que também tiveram a situação de emergência reconhecida.
E esse número tende a crescer, de acordo com as previsões da Defesa Civil do Estado, que vem monitorando a situação em toda a área atingida pela seca, que é apontada como a maior dos últimos 47 anos. Levantamento realizado pela SEI revela que 60% dos estabelecimentos agropecuários existentes na Bahia, cerca de 446 mil estão nos municípios em situação de emergência.
Dos 2,9 milhões de habitantes dessa região, 2,2 milhões trabalham nas lavouras e na cadeia produtiva agropecuária. Maior produtor de leite do Nordeste, com 1,2 bilhão de litros em 2011, a Bahia sofrerá uma redução de 50% em sua produção, segundo análises otimistas, de acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faeb).
