HIV MATA MAIS DE UM POR DIA

www.aindahoje.comUm recente relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas (Unaids) apontou que no ano de 2010, houve uma redução 700 mil óbitos no mundo em relação ao vírus HIV/AIDS, no entanto, na Bahia, o número de mortes por conta da doença ainda são assustadores. De acordo com dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado, no ano de 2009 houve 494 óbitos na Bahia, sendo 198 em Salvador. Em 2010, foram registrados 477 em todo o estado, desse total, 205 na capital. O órgão não soube informar os números de óbitos ocasionados pela AIDS em 2011 e nos primeiros meses de 2012.
Apesar da redução dos dados apontados pelo relatório da Unaids, especialistas acreditam que os números representam apenas os pacientes que estão cadastrados na rede pública de saúde e que tem acesso a medicação antiviral com regularidade.
De acordo com o urologista especialista em andrologia, Francisco Costa Neto, não existe nenhuma notificação de casos de óbitos em relação a AIDS com pacientes da rede particular de saúde. Segundo o médico, apesar do avanço da medicina ter ajudado nos tratamentos e aumentado a expectativa de vida dos soropositivos, os números de mortes devem ser encarados com responsabilidade, já que não param de crescer na Bahia e no Brasil.

Ainda de acordo com o urologista, nos últimos anos, houve um aumento de vítimas com faixa etária acima dos 60 anos na Bahia. Segundo ele, por conta da falta de ereção, muitos homens nesta idade não fazem uso de preservativo e acabam se contaminando, o que resulta em morte. O médico ressalta também que por conta das informações de que está existindo um controle da doença no Brasil, os jovens não estão se prevenindo contra o vírus HIV, o que vem aumentando o número de casos. Outro ponto que o urologista destaca é a necessidade permanente de programas e políticas públicas que desenvolvam ações educativas e preventivas junto a população principalmente em áreas carentes. “Os casais não devem se descuidar e ignorar o uso da camisinha, além de tomar outros cuidados, sendo que a prevenção ainda é o melhor remédio. Vemos uma grande movimentação de campanhas de prevenção à AIDS durante o verão e o carnaval, mas isso deveria ser assunto constante no cotidiano das pessoas”, ressaltou.