A partir do próximo dia 3 de agosto, toda a gasolina vendida no país terá que seguir novas especificações da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Bicombustíveis) que melhoram o rendimento dos veículos. A expectativa, porém, é que a melhoria da qualidade tenha impacto direto no preço do combustível.
As novas especificações foram definidas pela ANP em janeiro, com o objetivo de preencher lacunas na legislação que permitiam a produção ou importação de gasolina de menor qualidade. As novas regras estipulam uma massa específica mínima e um valor mínimo de octanagen RON (siga em inglês para número de octanas).
A Petrobras diz que vem preparando suas refinarias há alguns meses e que hoje todas já produzem seguindo as novas especificações. Segundo a estatal, a melhora na qualidade vai permitir a redução de 4% a 5% no consumo de gasolina por quilômetro rodado. A Petrobras diz ainda que a nova especificação melhora o desempenho do motor, a dirigibilidade e o tempo de resposta na partida a frio, além de manter aquecimento adequado do motor.
O mercado espera uma elevação do preço com a venda da gasolina mais nobre. A empresa Argus Media, especializada em commodities energéticas, estima que as elevações de preços sejam entre US$ 0,04 e US$ 0,07 por galão (R$ 0,05 a R$ 0,09 por litro).