Milhões de desempregados no país que é o segundo colocado mundial em mortes pela Covid-19. Famílias destroçadas pela perda de um ente querido ou desesperadas em conseguir uma oportunidade que lhes permita colocarem um prato de arroz e feijão na mesa. Com o auxílio emergencial, por conta do coronavírus, é natural que qualquer informativo da Caixa Econômica Federal desperte atenção e é muito triste que o oportunismo dos golpistas seja pandêmico também.
Você não quer correr o risco de perder seu acesso ao site e ao aplicativo da Caixa neste momento tão complicado. Ao receber um e-mail convincente, um lembrete de segurança com o logo do banco, muitos usuários não pensam duas vezes e clicam nos links. Ao fazê-lo, tornam-se vítimas de um golpe muito comum na Internet, o phishing, um truque para obter dados pessoais e sigilosos dos usuários. Instituições bancárias, plataformas de streaming, empresas de tv a cabo e telefonia celular, entre outras organizações de confiança, têm suas marcas e logos utilizados inadvertidamente.
Como os e-mails são disparados para milhões de usuários, muitas vezes quem os recebe sequer é cliente da marca utilizada pelos golpistas, o que evidencia o golpe. Mas vamos fazer um exercício juntos: você é cliente de uma destas empresas? Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander, Claro, Oi, Tim, Vivo, Net, Sky, Netflix, Globoplay, MercadoPago e PagSeguro? Utiliza Facebook, Instagram ou WhatsApp?
Você deve ter respondido que sim para pelo menos três destas empresas. Provavelmente mais. E esta é a estratégia dos golpistas, utilizar marcas com muitos clientes e, assim, conseguirem mais vítimas. O que fazer? Não clicar nestes links em hipótese alguma. Os criminosos são tão ardilosos que eles deixam mais uma pegadinha nas mensagens. “Se não quer mais receber e-mails, clique aqui”. Só que este link também é fraudulento e o fará cair no golpe.
Na dúvida, entre em contato com a empresa e pergunte se, de fato, há alguma pendência ou informação que precise ser atualizada. Aproveite e denuncie o e-mail que você recebeu para que a área de compliance da empresa tome providências, emita alertas e ajude a evitar que mais pessoas caiam no golpe. *Por Flávio Tasinaffo/UOL