“FOI O DIA MAIS FELIZ DA MINHA VIDA”, DIZ RAPAZ QUE CHOCOU A FAMÍLIA AO CHEGAR NO PRÓPRIO VELÓRIO

O lavador de carros Gilberto Araújo Santos, 41 anos, morreu no último sábado. Morreu e, dois dias depois, se tornou o homem mais feliz do mundo. Na segunda-feira, Gilberto ganhou a oportunidade que, até onde se tem notícia, nenhum ser humano teve até hoje. Assistiu à cena do seu próprio velório.  Dado como morto, o lavador voltou para mostrar que há vida após a morte. Apareceu de repente no local em que sua família lhe dava o último adeus. Enchiam a sala da casa de sua mãe, na zona rural de Alagoinhas, a 107 quilômetros de Salvador. Estavam velando a pessoa errada. Quando Gilberto chegou, minutos antes de o corpo ser levado ao cemitério, uns desmaiaram, outros correram com medo, mas a maioria fez festa. “Aquele povo todo me abraçando, me beijando. Pude perceber que as pessoas me amam. Foi o dia mais feliz da minha vida”, comemorou. Se bem que, por alguns instantes, o próprio Gilberto teve dúvidas de que estivesse mesmo vivo. “Quando me aproximei do caixão, pensei: ‘Meu Deus, será que sou eu aí? Será que estou vivo e morto ao mesmo tempo’?”. (Correio)