COLUNA CAPITALISMO.

E hoje pela manhã fiquei triste por que quando acordei, meu celular, meu companheiro de 6 anos não estava querendo acordar…Tentei de todas as formas despertá-lo, mas nada. Meu celular não ligava.

Aí resolvi comprar outro…substituí-lo por algo mais moderno. E comprei um desses Smartphones que estão em alta no mercado.Por incrível que pareça eu não fiquei feliz com a compra…O que eu farei com o antigo celular? Jogar fora? Guardá-lo num canto?

Lembrei do Documentário: “História da Coisas” e pensei o quanto somos levamos e manipulados pelo capitalismo. Somos moldados para descartar o que fica “velho”. O novo, o lançamento é sempre o melhor…e trocamos de celular, trocamos de carro, de televisão, notebook…não porque os antigos não funcionam, mas é que “pega mal” deixar a tecnologia passar por nós.

 Os meios de consumo são feitos com prazos de validade. Não são feitos para durar pra sempre…não é vantajoso que durem…e mesmo quando duram, a pressão psicológica é tamanha que nos vemos obrigados a acompanhar a tecnologia.

Tem uma música da Nação Zumbi que diz: “Muita gente tá programada pra achar que ‘pague um leve três’ é uma vantagem sem par…Sem parar para pensar que não precisa daquilo…Cem gramas já ‘chapa’ pra que comprar um quilo!?”

E refletindo de maneira mais ampla…essa sensação de descartável, percebo, estende-se às relações com as pessoas…com os namoros, casamentos, amizades. Se me ofende, eu troco por outro. Antes as cartas de perdão eram verdadeiras rezas, viravam samba…hoje é mais fácil trocar ou descartar do que dialogar.

Ah! O antigo celular…percebendo que ia virar peça de museu, resolveu ressuscitar e assim o fez. Agora não sei o que faço…o novo foi comprado pela internet…é esperar chegar e ver o que vai prevalecer: o útil ou o fútil.
Robério Figueredo