Os efeitos da estiagem que vem assolando grande parte do Nordeste brasileiro, incluindo também grandes áreas da Bahia, já atinge também o Vale do Jiquiriçá. Os efeitos nefastos dessa falta de chuva tem se refletido no volume das águas fluviais que constituem a rede hidrográfica de toda a área onde as chuvas deixaram de cair neste verão.
Um dos exemplos mais notáveis é a total falta de água no rio Lamarão que nasce na divisa do município de Laje com o município de Valença, atravessando a região do Ronco D´água e vindo desaguar no rio Jiquiriçá, perto da cidade de LAJE.
Segundo relato de moradores da região, esta é a primeira vez que o rio seca em toda a extensão de seu curso. Até relativamente pouco tempo, suas águas eram límpidas e abundantes. Nelas as pessoas se banhavam e pescavam até de anzol.
Durante muitos anos, a partir década de 50, o potencial hidráulico do Lamarão era aproveitado em qualquer estação do ano para movimentar uma casa de farinha, um moinho de moer milho, e até gerar energia na Faz. Capixaba do Sr. Arthur Ramos de Andrade.
No momento o que vemos é um leito totalmente seco, com animais passando sede nas pastagens adjacentes e uma população humana triste e preocupada com a situação que já sinaliza o caos.
A denominação Ronco D’ água, por onde passa, ou passava o Rio Lamarão, deriva do som das águas que era muito forte ao rolar pelas pedras lá existentes.
Foto: Cláudio Lima – Criava On Line
Isto é um alerta para a população do Vale e Baixo Sul. Preservar e recuperar a MaTa Atlântica, nascentes, matas ciliares, e a principalmente a fauna. Temos que agir o sul do Brasil já está desertificado.
Preservar as matas ciliares em todo curso dos rios não só nas nascentes é de fundamental importância para evitar estes eventos. A escassez de chuva pode ser, por exemplo, consequência da falta de áreas com arvóres nativas, o que acarreta em seca e muito calor e uma qualidade do ar um pouco deplorável. A população,não somente do vale,mas de toda região deve se ater pra estes eventos e começar a tomar ações para recuperar a flora dessas regiões e consequentemente fazer com que o nosso clima volte ao “normal”, um clima tropical.