O contato íntimo, a troca de carícias e a entrega ao momento são alguns dos fatores que contribuem para que o sexo seja prazeroso. No entanto, tão importante quanto se permitir dar e receber prazer, é prestar atenção à proteção e higiene no momento do sexo.Isso porque a relação sexual desprotegida aumenta o risco de uma gravidez indesejada, além de expor os envolvidos ao risco de contaminação por Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)
Mas o sexo não precisa estar associado ao medo e ao receio. A fisioterapeuta pélvica Ana Cristina Gehring deu dicas para aproveitar os momentos de intimidade sem colocar a saúde em risco.
1 – Use camisinha!
A camisinha é uma barreira física, e protege contra a maioria das ISTs. Mesmo não impedindo a transmissão de vírus que ficam fora da genitália, as camisinhas masculina e feminina são o meio mais seguro de se proteger durante o sexo. Elas não podem ser usadas juntas, no entanto.
A camisinha é importante mesmo no sexo anal, quando não há o risco de gravidez. “O uso de camisinha nas relações anais mesmo em relações estáveis é importante para evitar infecções, já que é um meio com muitas bactérias e até mesmo verminoses”, explica Ana.
2 – Faça xixi depois de transar
Mesmo para quem usou camisinha, urinar após o sexo é importante não apenas por causa das ISTs. “A uretra da mulher é muito curta e com a fricção e proximidade do ânus, bactérias que ocasionam as infecções urinárias podem se instalar na bexiga gerando a cistite”, explica a fisioterapeuta. Urinar limpa a uretra e dificulta a subida das bactérias.
3 – Antes de abandonar a camisinha, faça exames
Para as mulheres que têm algum problema com a camisinha ou que querem engravidar, é importante alguns cuidados antes de abandonar o uso da camisinha. Você e o(a) parceiro(a) devem fazer exames para ter certeza que não têm nenhuma doença. O ginecologista no caso das mulheres e o urologista no caso dos homens irão pedir exames de HIV, sífilis, gonorreia, clamídia, ureaplasma, hepatites e algumas outras ISTs para ver se está tudo certo e iniciar o tratamento caso não esteja.
Para quem não tem acesso fácil a estas consultas, Ana sugere fazer uma doação de sangue. “Além de estar fazendo o bem, são identificadas doenças como HIV, sífilis e hepatites. Apesar de não ser completo já avalia pontos importantes”, conta ela.
Mesmo em relacionamentos estáveis, é importante repeti-los anualmente, já que casos de infidelidade podem colocar a sua saúde em risco.
4 – Lave a vulva com água e o ânus com sabonete
Mesmo quando o parceiro ejacula dentro da vagina, Ana não indica que as mulheres façam ducha interna, já que além de retirar o sêmen, também estará retirando a flora de proteção. Isso facilita a proliferação de algumas doenças, como candidíases e vaginoses. Após o sexo anal sem camisinha, a ducha interna também é desaconselhada.
Nesse caso, a fisioterapeuta pélvica indica lavar com água apenas a vulva, parte externa da vagina. “Como a tendência é de gerar microfissuras na região, produtos de higiene podem irritar a região e desequilibrar o PH”, explica. No ânus, ela aconselha usar sabonete íntimo, já que as bactérias que ficam na região externa podem chegar até a vagina.
5 – Não use absorventes para conter o sêmen
Depois de fazer sexo sem camisinha, algumas mulheres recorrem aos absorventes para conter o resto de sêmen que pode ficar dentro da vagina. Por possuir substâncias que irritam a vulva, Ana aconselha que eles sejam trocados por panos de algodão.
6 – Durante a higiene, fique de olho nas alergias
Algumas mulheres têm alergia ao sêmen e não sabem. Ela acontece quando a região da vagina fica avermelhada, inchada, coçando e ardendo após a ejaculação do parceiro. Se perceber este sinal, é importante procurar um ginecologista.