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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve adotar o horário de verão em 2023. A decisão foi tomada após avaliação de técnicos do Ministério de Minas e Energia, que consideraram que o planejamento do setor está robusto e garante o fornecimento de energia.
De acordo com a avaliação do governo, os dados não apontam ganhos com a implementação do horário de verão. A medida, que adianta uma hora no horário de Brasília, reduz o consumo de energia, aproveitando por mais tempo a luz natural do sol. No entanto, especialistas do setor apontam que o horário de verão perdeu força por causa de novos hábitos, como o uso de ar-condicionado, e por causa de mudanças na estrutura de abastecimento, como a expansão do uso do gás nas metrópoles.
Como funciona o horário de verão?
O horário de verão, adotado durante o período de vigência da estação de mesmo nome, normalmente se inicia no hemisfério Sul durante a primavera, terminando no início do outono e, portanto, compreendendo toda a estação de verão. No hemisfério Norte, inicia-se normalmente em março/abril com término normalmente em outubro/novembro.
O horário de verão foi extinto no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em abril de 2019, o ex-presidente alegou que estava tomando a decisão depois que estudos teriam mostrado que não havia mais economia de energia e que o organismo das pessoas seria afetado negativamente.
Outros países também avaliam fim do horário de verão
A decisão do governo Lula é semelhante à tomada por outros países nos últimos anos. Na Europa, por exemplo, o horário de verão foi suspenso em 2021 em alguns países, como França, Alemanha e Itália. No Brasil, o horário de verão foi adotado em 1985 e era adotado em todo o país desde 2008.