‘Minha possibilidade de cura’, diz professor que pede pílula da USP para tratar câncer

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“Qual a importância da ‘fosfo’ para mim, hoje? Pelo que já pude ouvir no hospital, lá já se esgotaram todos os meios capazes de restaurar minha saúde. Quando isso aconteceu, minha esposa, sendo muito diligente, buscou imediatamente outros caminhos; naturalmente, um dos, foi ir ao encontro da ‘fosfo’. Caio, meu filho, juntamente com ela, fez e faz toda diferença neste processo. Veio a primeira remessa e começamos a tomar as cápsulas; deu para notar a diferença logo no início. Para quem vinha tomando até 15 morfinas ao dia, às vezes usando potencializadores, tipo, dipironas, para reforçar as morfinas, com a chegada da fosfo, zeramos em poucos dias o uso da morfina e outros medicamentos.

Minha língua deu logo sinais de cicatrização, as dores localizadas na língua, ouvidos, garganta e pescoço, etc., deram sinais de enfraquecimento, de maneira que a fosfo significa, por experiência própria, a possibilidade real da minha cura total. Se não houvesse parado com o tratamento da fosfo, hoje, eu já seria outro homem, levando uma vida normal, fazendo tudo aquilo que uma pessoa normal faz”. Este é o depoimento escrito por um homem desacreditado pela medicina e pela ciência, mas que, à beira da morte, encontrou em uma substância a esperança de se manter vivo. Lutando contra um agressivo câncer na língua, o professor Élio Martins de Carvalho, de 58 anos, se viu sair da condição de paciente terminal para observar uma grande melhora em seu quadro clínico, ao passar a receber da Universidade de São Paulo (USP) cápsulas de fosfoetanolamina, chamada de “pílula do câncer”. A substância é produzida no laboratório do Instituto de Química de São Carlos. Com os bons resultados registrados, pacientes com a doença têm tentado na Justiça obter as cápsulas da instituição de ensino paulista. A substância ainda não foi testada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e, por isto, não é comercializada. Por força de ordens judiciais, a USP tem sido obrigada a fornecer o composto.  Depois de ter suspenso o acesso à substância, Carvalho voltou a ter piora em seu estado de saúde. Em uma batalha pela vida do pai, seu filho, Kayo Machado, estudante da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb), iniciou uma mobilização para pressionar a instituição a enviar novas remessas do componente. Moradora de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, a família corre contra o tempo para tentar salvar a vida de Élio. “Uns 15 dias antes da primeira remessa terminar, começamos a mandar e-mail e a ligar para USP todos os dias. E eles sempre respondiam que ‘amanhã vai’. Nisso, nunca veio.  Ao continuarmos a entrar em contato, eles mandaram e-mail dizendo que, por ordem da Procuradoria da universidade, o envio de novas remessas estava suspenso”, relatou Kayo em entrevista ao Bahia Notícias.