Quadrilha de Salvador lucrava R$ 500 mil a cada envio de drogas para o exterior

Cerca de quarenta policiais federais cumprem nesta quarta-feira (10) sete mandados de prisão (seis preventivas e uma temporária) e sete mandados de busca e apreensão na capital baiana e um no Estado de Goiás, todos expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária de Salvador. Os mandados fazem parte da Operação Ikaro, que tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa estabelecida na Bahia especializada no tráfico internacional de drogas.

O líder da quadrilha, um baiano de 34 anos, já responde a processos por tráfico e homicídio. Os investigados serão indiciados pelos crimes de organização criminosa e tráfico de drogas. A quadrilha atua no tráfico internacional de drogas pelo modal aéreo, cujo principal modus operandi era a cooptação de “mulas” para realização do transporte em voos comerciais para a Europa, sendo a droga, geralmente, escondida em sua bagagem.

Durante as investigações apurou-se que, em caso de êxito, cada “mula” que realizava a viagem recebia aproximadamente 15 mil reais, gerando um lucro superior a meio milhão de reais para a organização criminosa, dependendo da quantidade de droga transportada. Entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano foram realizadas sete prisões em flagrante nos Aeroportos Internacionais Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, e Antônio Carlos Jobim – Galeão, no Rio de Janeiro. Na maioria dos casos, tratava-se de casais tentando transportar cocaína para Lisboa, Portugal, de forma oculta em suas malas.

A semelhança do modo de atuação e das circunstâncias levou à identificação do envolvimento de uma mesma organização  criminosa em todos os casos, cujos integrantes estão sendo alvo das medidas judiciais cumpridas na presente data.