PM “preso” em jaula encerra protesto e é encaminhado para hospital

O policial criou sua própria cela após ter sido condenado como um dos executores do empresário Carlos Aníbal Passos Vieira, 56 anos.

Jurandir: prostesto em jaula
O policial militar Jurandir Santana de Jesus, de 42 anos, que estava em uma jaula improvisada de 3m² no bairro do Calabetão desde o dia 30 de agosto, encerrou o seu protesto e deixou a “prisão” criada por ele nesta terça-feira (13). Segundo informações do Wagner Martins, advogado de Jurandir, o policial foi retirado da jaula pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado para o Hospital Jaar Andrade no início da noite por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Seu estado de saúde ainda é desconhecido.
Ainda segundo o advogado do policial, ele encerrou o prostesto depois que o promotor Davi Gallo, do Ministério Público, o visitou. O PM quer que uma nova prova que diz que ele estava trabalhando no dia do crime seja analisada. Segundo o promotor, o Tribunal de Justiça não pode mudar o julgamento de Jurandir, mas pode oferecer um novo julgamento.  Amanhã, Wagner terá uma reunião no TJ para discutir o caso. O TJ diz que não tem prazo para analisar o processo o PM.
O policial criou sua própria cela após ter sido condenado como um dos executores do empresário Carlos Aníbal Passos Vieira, 56 anos. Marcus Vinícius Luchtemberg e Olegar Luchtemberg Filho foram condenados como mandantes do crime.  Um quarto acusado foi absolvido. 
De acordo com o advogado, mesmo estando solto Jurandir se sente marcado e não tem condições de aproveitar a vida, podendo ser preso a qualquer momento. “Ele é um homem condenado injustamente, as provas estão aí de sobra de que ele é inocente, se trata de notória ilegalidade”, diz Martins.

Curiosos se reúnem ao lado de estrutura com jaula: “Não querem me ver preso?”, diz Jurandir
Para o advogado, na época do crime o PM sofreu um pré-julgamento por parte da sociedade e houve pressões porque a vítima se tratava de uma pessoa rica.  Martins também acredita que o fato de Jurandir ser policial acabou influenciando a decisão.
Atualmente, Jurandir é lotado na 15ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Itapuã). Ele trabalha na PM há mais de 20 anos e pode continuar a serviço por conta da reversão da perda de função. Jurandir ficou 15 dias preso na jaula e consumia apenas pão e água. . 
Jurandir foi condenado como um dos executores do empresário – Marcus Vinícius Luchtemberg e Olegar Luchtemberg Filho foram condenados como mandantes.  Um quarto acusado foi absolvido. 

Jurandir foi retirado da jaula com a ajuda de socorristas
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