Pablo não liga muito pra futebol, mas teve a felicidade de chamar a rubro-negra Ivete Sangalo para participar do seu novo hit, Vingança de Amor. A música já toca nas rádios, faz sucesso na internet, na casa dos amantes do arrocha e agora virou música de arquibancada – ou melhor, de chacota. Acredite, o arrocha conquistou o maior clássico desta terra.
Na verdade, só o lado vermelho e preto, que, diferente de outros momentos de alegria em Ba-Vis, nem precisou sacar uma paródia da cartola para gozar com a cara dos tricolores ao fim do saboroso 2×1 na Fonte Nova. Viva o homem do “Ê paixão”, que deu de mão beijada o refrão ideal para os rubro-negros expressarem a satisfação de deixar o tricolor na zona de rebaixamento e, claro, acabar com o jejum de oito clássicos sem vencer. “Tá doendo, é? Tá chorando, é?/ Todo castigo é pouco, falei que ia ter troco/ Tá doendo, é? Tá chorando, é?/ Bem feito, bem feito”. Melhor, impossível.
Como os CDs de Pablo parecem nunca furar, o hit tocou até dizer chega nas redondezas da Fonte Nova e gerou diversos vídeos postados por torcedores do Vitória nas redes sociais. Em boa parte deles, inclusive, um tricolor cai na gozação e, rodeado de rivais, arrocha com a sofrência característica do estilo musical já consagrado na Bahia. Em outro, teve até uma adaptação à letra, como está aí ao lado (de cinza).
“A galera tava gastando legal ali no espetinho do Júnior, do lado do Bompreço. É sempre gostoso pancar a sardinha. Velho, inadmissível ficar oito jogos sem ganhar do Jahia. Por isso, cantei no fim do jogo: “Tá chorando, é?”, provoca o rubro-negro e eletrotécnico Gilson Silva Santos, 33 anos, de rolé com a camisa do Vitória, ontem, nas proximidades da Avenida Sete.
Num centro da cidade com muitos rubro-negros, a mulherada também se vestiu a caráter para curtir o dia seguinte ao Ba-Vi do alívio. “Eu fui sozinha pra Fonte Nova. Quando saí do estádio, vi todo mundo cantando essa música. Dei muita risada. Eu já gosto de Pablo. Agora então…. ‘Bem feito, Bem feito’”, divertiu-se a vendedora de artesanato Carla Souza, 21 anos, sempre em seu ponto na Rua 20 de Abril, perto da Avenida Sete.
