Mulher manda currículo para asilo e é destratada por erros de português

Uma cuidadora de idosos de 43 anos foi hostilizada pela atendente de um asilo de Sorocaba, em São Paulo, após enviar currículo para uma vaga. Por causa de alguns erros nas mensagens, uma funcionária sugeriu que Cristiane Barros fizesse um curso de português e disse que era “por isso que ela não arrumava trabalho”.

Prints da conversa, divulgados pelo G1, mostram que a atendente passa a corrigir os erros da cuidadora, que tenta se explicar. “É incomodar”, escreveu a atendente após a candidata à vaga pedir desculpas e digitar “encomodar”, com a grafia errada. Em outro trecho, a funcionária continuou. “Não existe agente, é a gente”, escreveu.

  • “Seria bom você fazer um curso de português. Deve ser por isso que você não consegue uma vaga de trabalho”, continuou a atendente.

Cristiane contou ao portal que mandou o currículo depois de saber, por meio de um amigo, que o asilo estava em busca de novos funcionários. Logo que enviou seus documentos, no entanto, a atendente começou a respondê-la de forma hostil, deixando a cuidadora constrangida.

  • “Eu me senti muito mal. É muito triste pensar que existem pessoas assim, principalmente trabalhando com idosos. Fiquei chateada, porque não sou uma pessoa do mal. Fiz o curso, estou procurando emprego e batalhando por isso. Eu errei, alguns deles foram o corretor e não consegui arrumar. Foi sem querer”, disse.

A cuidadora afirmou que pediu desculpas e tentou mandar novas mensagens, mas que seu número foi bloqueado pela clínica.

Em nota, o asilo informou que não tinha conhecimento sobre o ocorrido, que “lamenta muito este tipo de conduta” e que não compactua com o comportamento da atendente.

Também disse que vai apurar internamente o caso, mas que já identificou que “nenhum dos empregados e funcionários foi emissor das mensagens”.

Continuaremos as investigações internas e, caso algum prestador de serviços tenha realizado a conduta em nome da empresa, adotaremos as medidas corretivas necessárias”, disse a nota.

Fonte: Metrópoles