Greves deixam 1,8 milhão sem atendimento médico pelo SUS

Cerca de 1,8 milhão de pessoas em Salvador não poderão contar nesta terça, 25, com o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso sem falar dos pacientes que vêm do interior. O motivo são duas paralisações: uma de médicos e outra de entidades privadas não-filantrópicas prestadores de serviço ao SUS. Cerca de 300 dessas instituições paralisaram as atividades desde essa segunda-feira, situação que se estenderá até 31 de outubro, deixando de realizar cerca de 40 mil atendimentos diariamente. Soma-se a isso, a adesão dos médicos da Bahia à suspensão do atendimento ao SUS, que acontece nesta terça em 19 estados no país. Segundo o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed), eles protestam contra a baixa remuneração e as más condições de trabalho e de assistência oferecidas na rede pública de saúde. No caso das entidades privadas, para as quais foi terceirizada a prestação desse serviço elementar, principalmente na área de traumatologia, elas alegam que a ação é por conta do corte de 25% do teto do SUS em 2007, quando  houve a municipalização da gestão básica. Além disso, também é contestado o corte de 20% no repasse de abril deste ano.
 Imbróglio – “A suspensão do atendimento é por ordem da própria prefeitura. A pedido do secretário Gilberto José, estamos atendendo o correspondente da cota que está sendo paga”, disse o presidente da Associação de Hospitais e Serviço de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb), Marcelo Britto. “Como estamos recebendo somente 75% do teto, só temos condições de fazer 75% dos atendimentos”, completa. Montante, segundo ele, atingido nesta segunda. Por isso, a reabertura dos serviços das prestadoras só vão acontecer no próximo mês.  (ATarde)
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