Governo contra o próprio governo, Secretaria de Cultura acusa PM de homicídio em propaganda

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A Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Governo do Estado, através de nota oficial, alegou que a campanha “Poesia nas Ruas”, veiculada em outdoor na cidade de Ilhéus com uma poesia de Lívia Natália, não foi viabilizada com recursos destinados à publicidade do Estado

Associação dos Policiais e Bombeiros Militares do Estado da Bahia (Aspra), junto com o deputado estadual soldado Prisco, denunciaram a campanha veiculada pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. A peça publicitária, da Secretaria de Cultura, Poesia de Rua, ostenta a imagem de uma mulher com os seguintes dizeres: “Maria não amava João, apenas idolatrava seus pés escuros. Quando João morreu, assassinado pela PM, Maria guardou todos seus sapatos”.

De acordo com Prisco, o jurídico da entidade foi acionada com o objetivo de entrar com mandado de segurança coletivo contra representantes do órgão, pedindo retratação e retirada imediata das peças publicitárias das ruas, na manhã desta segunda-feira (11).

O parlamentar disse ainda ter notificado o comandante-geral da PM, Anselmo Brandão, pedindo que interviesse na retirada das peças. “Um absurdo que o Governo do Estado da Bahia permita que uma de suas secretarias aja com discriminação contra agentes públicos. O que fizeram foi, além do preconceito, disseminar o ódio e a intolerância contra os PMs da Bahia”, lamentou.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Governo do Estado, através de nota oficial, alegou que a campanha “Poesia nas Ruas”, veiculada em outdoor na cidade de Ilhéus com uma poesia de Lívia Natália, não foi viabilizada com recursos destinados à publicidade do Estado. “A ação faz parte de um projeto cultural independente, com recursos do Fundo de Cultura, e não reflete a opinião do Governo do Estado, que tem buscado permanentemente políticas de valorização da Polícia Militar, a exemplo da ampliação do Prêmio por Desempenho Policial (PDP), sancionado pelo governador Rui Costa no dia 30 de dezembro”, contesta.(Bocão News)