CPMF pode fazer parte de conjunto de medidas que Brasil precisa, diz presidente do Itaú

 

O presidente do Banco Itaú, Roberto Setubal, disse nesta quinta-feira (28), em entrevista ao Blog do Planalto, que a proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) pode vir a colaborar para superar o momento de dificuldade econômicas que o País atravessa.

“Precisamos de um conjunto de medidas, das quais a CPMF pode fazer parte. Um conjunto de medidas que, no todo, ajude a gente sair da crise”, afirmou. Setúbal destacou que, no caso da questão fiscal, são necessárias “medidas que reduzam a despesa do governo e alguma medida de aumento de receita para colaborar, e a CPMF pode se encaixar nisso”.

Em 2015, o esforço fiscal do governo foi de mais de R$ 100 bilhões, sendo R$ 78 bilhões de cortes em despesas discricionárias.

O presidente do Itaú, que participa do Conselhão desde 2003, disse ainda que vê como muito positiva a ampliação do diálogo entre o governo e a sociedade.

“A intenção de ampliar o diálogo com a sociedade é sempre muito bem-vinda. A troca de ideias é muito importante, especialmente nesse momento complicado na área econômica. Precisamos de muito diálogo. O conselho pode vir a ser, realmente, um local onde esse diálogo possa acontecer”.

A presidenta Dilma Rousseff participa do CDES, ao lado dos ministros da Casa Civil, Jaques Wagner; da Agricultura, Kátia Abreu; da Fazenda, Nelson Barbosa; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, do Planejamento, Valdir Simão; e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Oito conselheiros também se manifestaram durante o encontro, quatro do lado dos empresários e quatro do lado dos trabalhadores.

O conselho tem 92 representantes e deverá ter quatro reuniões neste ano. A próxima deverá ser em abril, segundo o ministro Jaques Wagner.