Comércio baiano cresce 9,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior

O comércio baiano faturou R$ 8,9 bilhões em agosto, em um crescimento de 9,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, que foram analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (Fecomércio-BA). Essa é a segunda alta consecutiva, embora no acumulado do ano o saldo ainda seja negativo, de retração de 12,5%.

A Fecomércio-BA acredita na recuperação do comércio devido ao auxílio emergencial, que injetou um montante acumulado de R$ 17 bilhões no Estado.

“Esses recursos, em grande parte, são direcionados imediatamente às compras, ao varejo. E com a adaptação da rotina das famílias em meio a pandemia, com mais tempo em casa, veio a busca por produtos de cozinha, informática, artigos de escritório e por materiais de construção para realização de pequenas reformas”, avalia o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

De acordo com o economista, em agosto, o destaque foi para o segmento de eletrodomésticos e eletrônicos que apontou forte alta de 74% na comparação anual. “Essa foi a terceira alta consecutiva e neste oitavo mês o setor conseguiu recuperar o que havia se perdido na crise e acumula alta no ano de 2,6%”.

Já a segunda maior elevação no mês foi do setor de móveis e decoração de 51,5%. Neste caso, ainda há uma perda de 2,6% no acumulado de janeiro a agosto.

As lojas de materiais de construção tiveram alta de 36,3% na comparação com agosto de 2019. No ano, o resultado é positivo em 8,9%. Parte do resultado está relacionado ao aumento de preços dos produtos de construção civil, como por exemplo o cimento e o tijolo.

“Essa tendência positiva e forte na recuperação desses setores não fora exclusiva da Bahia, pois os dados nacionais também indicam nessa direção”, aponta Dietze.

As atividades de consumo básico como supermercados e farmácias seguem com saldos positivos. O primeiro, por sua vez, registrou crescimento anual de 8,3% e o segundo, 2,5%. Entretanto, o setor de farmácias sofreu um pouco mais na crise e acumula perda no ano de 1,8%, enquanto os supermercados sobem 5,6%.

No caminho inverso à média estão três atividades: concessionárias e veículos (-27,2%), vestuário, tecidos e calçados (-19,2%) e “outras atividades” (-12,4%). “Outras atividades” estão relacionadas a baixa demanda de combustíveis para veículos e vestuário com a situação das pessoas ficando mais em casa.