COLUNA: Política de conveniências

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Foto: reprodução

 Por: Rose Cerqueira

Passado o período eleitoral e o fervor das campanhas politicas a vida segue seu rumo habitual. As pessoas já não falam, não discutem nem, ao menos se mostram interessadas pelos assuntos políticos que interferem diretamente no seu dia a dia e na sua cidade.

Muitos, agora se ocupam em negociar cargos de confiança(afinal, é hora da recompensa). Acordos firmados são descumpridos(dizem ser impossível agradar todo mundo!), os cargos vão sendo preenchidos, muitas vezes, de acordo com a conveniência politica da situação e da oposição.

Nesse cenário a capacidade profissional e técnica dos “servidores públicos” não é pré-requisito para a ocupação do cargo, pois o que realmente interessa é agradar a gregos e troianos. Assim fica um pouco mais fácil entendermos a precariedade da prestação de serviços que nos é oferecido independentemente do governo vigente.

Diante desse tenebroso cenário fica evidente o que já estamos cansados de saber: a politica é uma moeda de troca de favores e interesses.

Infelizmente, bater e criticar apenas os políticos (Prefeitos, vereadores, Governadores, Deputados,etc), parece ser algo injusto uma vez que, é o próprio cidadão que contribui para que esse ato se perpetue no seio da sociedade.

Parece que se tornou algo quase “cultural” a troca de favores no meio politico e enquanto poucos levam vantagens em cima do nosso suor, impostos e sacrifícios a maioria da população sofre com o descaso com o qual nos brindam os nossos governantes.

Mas convenhamos: tão inocentes não somos! Afinal, quantos de nós já não tentaramtirar proveito ou levar vantagens em alguma situação em época eleitoreira? Ou quem sabe já pediu favores em troca do voto? Ou ainda procurou algum político na tentativa de conseguir alguma “boquinha” ou uma indicação?

E me atrevo a dizer que a maioria não fez ou não faz algumas das ações citadas por falta de oportunidade. Afinal, se todo mundo faz por que eu também não posso fazer? Está tudo tão difícil, que até  para alguém conseguir um emprego, o mais simples que seja, é necessário ter QI(quem indique).

Se estou julgando, condenado ou dizendo que todos os cidadãos têm essa postura e essa linha de pensamento? É evidente que não! Porém, é inegável que essa é a realidade nos quatro cantos do País.

Política de conveniência é o que define nosso sistema político atual e será o que continuará a defini-lo por longos anos ainda. Enquanto nós, cidadãos, continuarmos a alimentar esse sistema decrépito, continuaremos a sentir na pele as consequências devastadoras dessa prática habitual e doentia.

PTN NEWS