Cientistas recebem autorização para tentar ressurreição de humanos

MUNDOIO
Se você é fã de livros, filmes ou seriados de fantasia ou de terror, por exemplo, já está acostumado com a ideia de uma pessoa morta retornar ao mundo dos vivos. Mas, na vida real, a história é diferente e não há nenhuma comprovação ou registro científico de alguém que tenha morrido e voltado a viver.
Na Índia, os médicos do Hospital Anupam, que fica na cidade de Rudrapur, e cientistas das organizações Bioquark e Revita Life Sciences querem ser os pioneiros em trazer mortos de volta à vida. Já autorizados pelo Institutional Review Board, órgão internacional que regula e aprova testes em humanos, os testes para tentar ressuscitar humanos começarão em breve. Mas é importante pontuar o tipo de ressurreição que está em jogo nestes testes.

Os médicos e pesquisadores não abrirão caixões ou geladeiras de necrotérios e gritarão: “levanta-te e anda!”. A ideia dos cientistas é reverter a morte cerebral já confirmada por exames clínicos e eletroencefalograma de 20 pacientes. “Estamos muito animados com a aprovação do nosso protocolo.

Com a convergência de disciplinas de biologia regenerativa, neurociência e ressuscitação clínica, estamos prontos para mergulhar numa área do conhecimento científico que era inacessível com as tecnologias atuais”, disse Ira Pastor, diretor-executivo da organização Bioquark. A morte cerebral é considerada o ponto final da vida.
Ainda que o corpo de uma pessoa que tenha sofrido morte cerebral possa executar diversas funções vitais, como circulação sanguínea, digestão de alimentos e, até mesmo, gestação de um feto, o dano cerebral é irreversível e representa a perda da consciência do ser humano.
Portanto, depois de constatada a morte cerebral, a pessoa passa a viver no que ficou popularmente conhecido como estado vegetativo. Caso seja bem-sucedido, o experimento indiano abriria uma porta para a reversão da morte cerebral e, consequentemente, o retorno da consciência e da vida.
“Vamos alcançar compreensões únicas sobre o estado da morte cerebral humana. Isso nos ajudará a desenvolver terapias para desordens de consciência severas, como o coma, o estado vegetativo e outras tantas doenças degenerativas, como Parkinson e Alzheimer”, explicou Sergei Paylian, fundador da Bioquark. Ainda de acordo com Paylian, os primeiros resultados devem ser divulgados a partir de abril de 2017. Fonte: