Beata Irmã Dulce, o “Anjo bom da Bahia”, será proclamada santa

Foto: Ascom Obras Sociais Irmã Dulce

O Papa Francisco publicou nesta terça-feira (14/05), um decreto papal que proclama Irmã Dulce como santa, reconhecendo um segundo milagre atribuído à religiosa baiana, cumprindo-se assim a última etapa do processo de canonização da beata baiana. A religiosa se tornará a primeira santa nascida no Brasil e sua canonização será a terceira mais rápida da história (27 anos após seu falecimento). “A canonização de Irmã Dulce enche de orgulho a todos os baianos, porque é o reconhecimento do trabalho de uma vida inteira em favor dos mais pobres e dos mais humildes. Será a primeira brasileira – nascida no Brasil – a virar santa. O decreto do Papa Francisco confirma aquilo que nós sabemos há 70 anos, que é a santidade do ‘Anjo Bom da Bahia’, nossa Maria Rita Lopes de Sousa Brito”, celebrou o governador em exercício, deputado Nelson Leal.

 

O segundo milagre validado pelo Vaticano passou por três etapas de avaliação: uma reunião com peritos médicos (que deram o aval científico), com teólogos, e por fim, a aprovação do Colégio Cardinalício, tendo a sua autenticidade reconhecida de forma unânime em todos os estágios. Uma graça só é considerada milagre após atender a quatro pontos básicos: a instantaneidade, que assegura que a graça foi alcançada logo após o apelo; a perfeição, que garante o atendimento completo do pedido; a durabilidade e permanência do benefício e seu caráter preternatural (não explicado pela ciência). 

O governador em exercício destacou que, além do simbolismo religioso, a canonização de Irmã Dulce é uma forma de fortalecimento da obra social dela. “Ela continua operando milagres todos os dias, salvando pessoas da pobreza e da morte. Mesmo com a sua partida deste mundo, no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, milhares de pessoas ainda são assistidos com saúde e educação pelas suas Obras Sociais, hoje sob o comando de sua sobrinha, Maria Rita”, destacou. 

Irmã Dulce foi beatificada em maio de 2011, recebendo o título de Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, tendo o dia 13 de agosto como data oficial da celebração de sua festa litúrgica. O significado da data remete a 1933, quando Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nascida em 26 de maio de 1914, em Salvador, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão (SE). Naquele mesmo ano, em 13 de agosto, com 19 anos, ela recebeu o hábito e adotou, em homenagem à mãe, o nome de Irmã Dulce.

Nelson Leal também relembrou a trajetória de Irmã Dulce. “Em 1949, ela ocupou um galinheiro ao lado do convento, após a autorização de sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa marca as raízes da criação das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição que abriga hoje um dos maiores complexos de saúde 100% SUS do país, com 4,6 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano”.

Fonte: Secom Bahia e Ascom Obras Sociais Irmã Dulce.